"O ‘verdadeiro’ culto é
contrastado com o culto regulado pelas disposições temporárias da lei,
especialmente a separação entre judeus e gentios e as exigências do culto no
templo de Jerusalém. Os aspectos cerimonial e sacrificial da lei não eram
falsos; eram temporários e provisórios. O culto "em espírito" é o
culto no Espírito Santo. Ele continua a obra começada por Jesus (Jo 14:16-18;
At 2:33). Marcas proeminentes da era do Espírito são a remoção da barrreira
entre judeus e gentios e a capacidade de os cristãos adorarem sem necessidade
de templo de qualquer espécie." (Comentário da Bíblia de Genebra -João
4:24)
Isso não significa a
criminalização do uso do templo como local de reunião da igreja, pois os
primeiros cristãos se reuniam diariamente no templo (At 2.46); e,
historicamente, tal fenômeno sempre se repetiu. O que não pode ser feito na
Nova Aliança é sacralizar locais e limitar a adoração a eles.
Tratando-se do exercício da vida
cristã, não pode haver isolamento, como no caso dessa classe de gente chamada
de desigrejados, o que outra coisa não é, senão os antigos desviados, os quais
se afastam da igreja, sobre o pretexto de estar tudo errado, julgando-se eles os
"santarrões" do quais nenhuma comunidade é digna. A essa atitude chamamos de fasso Moralismo. Eles arrogam para sí o
direto e o poder de deixar a congregação, não sabendo eles, que estão contra
Cristo, sua igreja e a palavra sagrada (Hb 10.25). Estão pensando que desertar
do corpo de Cristo expresso na igreja local é vantagem.
"A falsa adoração é
característica da falsa igreja. A falsa adoração é caracterizada pelo culto
criado pela imaginação humana ou sugerido pela malícia de Satanás, ou seja,
todo elemento de culto não autorizado pelo Novo Testamento, é fogo
estranho." (Luiz Dias)
Será que os cultos oferecidos a
Deus nos templos, atualmente, ou fora deles, para quem abomina os templos, ou
melhor, nos modelos de adorações atuais vistas nas igrejas, harmonizam-se bem
com os princípios do Novo Testamento? Será que não estamos oferecendo ao
nosso Deus cultos plagiados do paganismo, ou de shows (espetáculos) profanos?
Será que os cultos que oferecemos a Deus não são acrescentados de elementos
nunca exigidos pelo padrão Bíblico Néo-testamentário?
Será que em nossos cultos não
estamos praticando falso misticismo carregado de adivinhações, prognosticismos,
agouros, feitiçarias, encantamentos produzidos por técnicas parapsicológicas, e
até invocações a mortos; músicas profanas cujos ritmos são inspirados nos
alucinógenos e cujas letras estão sobrecarregadas de sofismas. E o que diremos
das danças profanas e sensuais estampadas nos grupos especialistas em danças
das igrejas? Que diremos das danças místicas estampadas num tal de reteté e
sapato de fogo?
Pelo sangue de Cristo!
Nós, pastores, devemos despertar
do sono enganoso dos modelos de cultos pragmáticos praticados em muitas
denominações antropocêntricas, possessas do espírito simonita, e carregada com
o erro de Balaão, que usam as artes da feitiçaria, ou dos modelos das danças
praticadas pelos israelitas em volta do bezerro de ouro, simplesmente pelo fato
de atrair multidões para encher os templos das nossas igrejas, pois se assim o
estamos fazendo estaremos debaixo do Juízo condenatório do Tribunal de
Cristo.
Somos nós, os pastores, os
responsáveis pelo modelo da igreja, e não o povo. Quem segue o conselho do
povo, cai no mesmo erro do rei Saul, que deixou de atender a Deus para atender
ao povo. Resultado: foi rejeitado por Deus (1 Sm 15.19-23). É isso que queremos
para nós?
Aos praticantes diretos do mal,
que foram atraídos pelo falso culto, anunciamos o evangelho, pois ainda há
esperança. Se alguém está disposto a abandonar o mal e seguir o caminho reto,
Jesus Cristo, se apresenta como sendo nosso advogado e a propiciação pelos
nossos pecados (1 Jo 2.1-2); se não, a ira de Deus cairá sobre os impenitentes.
Vamos nos converter?
Pr. Luiz
Dias