Os profetas que viveram antes de Cristo foram atribulados, odiados e mortos, mas, nunca profetizaram paz para o povo, a não ser com base na obediência do mesmo a Deus. Quem profetizava paz, riquezas, sombras e águas frescas para o povo, profetizava falsamente. Veja o que o diz o profeta Jeremias: “Então disse eu: Ah! Senhor Deus, eis que os profetas lhes dizem: Não vereis espada, e não tereis fome; antes vos darei paz verdadeira neste lugar. E disse-me o Senhor: Os profetas profetizam mentiras em meu nome; não os enviei, nem lhes dei ordem, nem lhes falei. Visão falsa, adivinhação, vaidade e o engano do seu coração é o que eles vos profetizam. Portanto assim diz o Senhor acerca dos profetas que profetizam em meu nome, sem que eu os tenha mandado, e que dizem: Nem espada, nem fome haverá nesta terra: À espada e à fome serão consumidos esses profetas.” (Jr 14.13-15).

Jeremias, repreendendo um profeta da prosperidade do seu tempo, diz: “Os profetas que houve antes de mim e antes de ti, desde a antiguidade, profetizaram contra muitos países e contra grandes reinos, acerca de guerra, de fome e de peste. Quanto ao profeta que profetizar paz, quando se cumprir a palavra desse profeta, então será conhecido que o Senhor na verdade enviou o profeta.” (Jr 28.8-9).

Os seguidores de Jesus Cristo, não somente falaram de tribulações, perseguições, sofrimentos e mortes para os crentes, mas, também, eles mesmos sofreram na pele essas coisas. Por todo o Novo Testamento vemos esse fenômeno da grande luta entre os servos de Deus e o Diabo, a ponto do Apóstolo Paulo dizer: “...e a vós, que sois atribulados, alívio juntamente conosco, quando do céu se manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poder em chama de fogo.” (2 Ts 1.7). Quer dizer que haverá alívio de tudo isso, mas, quando? Por ocasião da vinda de Jesus; só e somente só, quando Ele voltar. Até que o Dia do Senhor chegue, a advertência para os crentes é que haverá muitos sofrimentos.

O Senhor Jesus foi enfático em dizer: “Não penseis que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada.” (Mt 10.34). Isto é, Jesus não veio trazer uma paz comum, uma vida de descanso aqui neste mundo, em que os seus seguidores pudessem estar constantemente nas praias, nos piqueniques, nas festas de bacanais, arrotando riquezas, construindo mausoléus, fundando impérios, juntando grandes somas de dinheiro em bancos; pelo contrário, afirmou que haverá muitas perseguições contra os crentes (Mt 5.11; 10.16-39; 24.9-11; At 8.1; Rm 12.12; Ap 1.9).

Quem prega ao contrário desta mensagem, que é geral na Bíblia, não deveria despertar a pulga que está atrás das orelhas dos crentes? Infelizmente, parece que a pulga não está incomodando, pois fizeram de tal modo a cabeça do povo através de uma mensagem superficial de paz e bonança neste mundo, afirmando que os crentes não podem sofrer, que ao ouvirem falar de tribulações, perseguições e mortes contra os crentes, imediatamente, jogam o assunto para o futuro, denominando-o de período da grande tribulação, sem levar em consideração que a grande tribulação que Jesus falou, dentro desse contexto, já aconteceu nos anos 70 D.C.; que a palavra foi dirigida, especialmente, aos apóstolos: “Então, sereis atribulados, e vos matarão. Sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome.” (Mt 24.9); nesse mesmo tom falou com respeito à grande tribulação: “Em verdade vos digo que não passará essa geração sem que tudo isso aconteça.” (Mt 24.34).

Jesus ainda falou que tribulação igual àquela, que aconteceria no território da Judeia nunca havia acontecido, nem jamais aconteceria (Mt 24.21); nesse caso, descanse com respeito à grande tribulação falada  por Jesus Cristo, pois ela já se cumpriu e, como se cumpriu! Porém, nos preparemos, pois a notícia desagradável é que aí vem o anticristo trazendo ódio, grande tribulação e morte contra os crentes (2 Ts 2; Ap 13), mas, não temamos, pois, o crente não pode ter medo nem do diabo, quanto mais do capanga dele. O crente é mais do que vencedor por causa do sangue do Cordeiro e pela palavra do testemunho que deve dar (Ap 12.11). Aquela grande tribulação, também deviria acontecer para que o Evangelho fosse pregado a todas as nações (Mt 24.14), pela dispersão dos crentes daquela época e lugar, os quais se embrenharam nos  países (Tg 1.1; 1 Pe 1.1) para anunciar a Cristo, e para que dessa grande tribulação, saísse uma grande multidão que ninguém pode enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, que se encontrarão diante do Cordeiro, vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos clamando em grande voz, dizendo: “Ao nosso Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence à salvação.” Esse povo vem da grande tribulação (Ap 7.9-17).

Ódio, tribulação e morte, são coisas que acontecem com os crentes de todos os tempos e lugares antes da vinda do Senhor, pois, ele só voltará depois da grande tribulação (Mt 24.29). Quem se converte a Jesus Cristo terá tribulação aqui neste mundo, mas, no mundo porvir, com certeza, terá gozo eterno.

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