Estava estudando alguns textos
bíblicos sobre a segunda vinda do Senhor e, fui levado até Ml 3.2, onde o
profeta pergunta quem poderá suportar aquele dia. De repente fui assaltado por
um receio de fazer referência a um livro que tem sido considerado ultrapassado
e agressivo por alguns exegetas, por causa da mensagem contundente contra os
inimigos do sustento financeiro da obra de Deus.
Certa vez, ouvi um cidadão dizer que
daria seus dízimos à igreja, se ela os revertessem para sustentar os pobres de
uma periferia de sua cidade, porque, na visão dele, Deus estaria mais
interessado no sustento daquele povo, que dos seus próprios trabalhadores que vivem
para o evangelho. E, eu fiquei me perguntando por que ele não praticava aquilo
que aprovava? Tão simples: Era só ele, pessoalmente, ir lá para o meio dos
pobres e fazer aquilo que ele achava que a igreja, como instituição, deveria
fazer, e não estava fazendo. Seria isso coisa difícil, transformar os pobres em
deuses e dizimar para eles? Um texto da Bíblia diz que é feliz quem não se
condena naquilo que aprova. E, me parece que ele estava se condenando, pois
estava jogando sua responsabilidade pessoal, para uma instituição. Pelo visto,
ele nem dava para Deus, nem para os pobres, e nem para César. Eis aí um grande
hipócrita!
Fiquei sabendo que outra pessoa não
dizimava, por que a igreja administrava mal os dízimos, pois, deveria investir
na construção de congregações nos bairros da cidade, e não simplesmente no
prédio local, a que comumente, chamamos de igreja, para funcionamento das atividades cúlticas.
Cor certeza, o anti-dizimista queria ser administrador da igreja à força. Mas,
como? Não tinha projeto nenhum; só bafo de boca. Era incapaz até de chegar na
reunião ordinária de sua igreja, já que ela é congregacional, e apresentar algum
projeto nesse sentido. Por que não fazia isso, em vez de murmurar aos ouvidos
de um e de outro para levantar uma divisão na igreja, e perturbar a cabeça do
pastor? Qual nada! Ele passou para o cúmulo. Ele resolveu administrar seus
próprios dízimos. Resultado: terminou desviando os mesmos para os seus próprios
interesses, mesmo assim ainda ficou endividado, parecendo que estava recebendo
dinheiro para pô-lo num saquitel furado. Como esse, tem muitos. Mas, tudo, visa
prejudicar a igreja.
Há daqueles que acham que não devem
dizimar ou ofertar, porque a igreja é rica, mesmos que não haja contribuições,
principalmente, de sua própria parte. Acho que não há maior sinal de tolice que
esse! A minha experiência mostra que o primeiro sinal de apostasia de um
crente, que tem abundância de bens materiais, é furtar-se de contribuir para a
obra de Deus, por causa da avareza. Já leu na Bíblia que os avarentos não têm
parte no reino de Deus? Acredita nisso? Se acreditares faze bem! Se não acreditas, estás ferrado! Para o
avarento, a igreja não vale mais nada, ele perdeu o amor pelo batismo, pela
comunhão, pela Palavra, chegando ao ponto até de renegar um livro da Bíblia
como o de Malaquias que fala das bênçãos do dízimo! O avarento não tem amor
pelo pastor, pelos missionários, pelos irmãos, pelas almas que gemem sem
salvação, e muito mento menos pelos projetos de assistência aos pobres. Mas, dá
esmola! Dá pelos seguintes motivos: Dar, muitas vezes, o sobejo; dar pensando
em construir escada para o céu; dar para ser visto pelos homens, coisa
abominável para o Senhor; dar, porque é chato dizer não; dar para que lhe
chamem de caridoso, etc. A igreja, para tal pessoa, é apenas um passatempo num
final de domingo que não lhe ofereceu nenhum tipo de lucro financeiro, ou de
lazer. Você que é assim, seja sincero: Achas que vais ser salvo com uma bagagem
podre dessas nas, costas?
Existem aqueles que não dizimam, nem
ofertam porque dizem não ter nada na vida. Eu pergunto: Até quando irão viver
debaixo dessa maldição? Será que estão satisfeitos com isso? Certa vez alguém
se dirigiu para os irmãos, em tom de choro e humilhação, mostrando uma série de
faturas da água e de energia de sua casa, que estava em atraso, com ameaças de
cortes. E, ainda precisa de alimento e remédio. Fazia dó! Os diáconos cuidaram
do assunto e supriram as necessidades do irmão. Graças a Deus! E Agora, ele se
tornou mais crente? Vejam essa: Os diáconos recomendaram ao beneficiado que
fosse fiel com Deus em muitas coisas, inclusive, fizesse uma estimativa de
quanto ele havia recebido para prover sua necessidade, e, se julgasse que
aquilo era providência divina, devolvesse, com orações e ações de graças, o
dízimo do valor recebido. Sabe o que aconteceu? O irmão desapareceu da igreja
até hoje. Meu amigo, o dizimo é mesmo uma prova de fogo! Mamon, com certeza,
interessa mais às pessoas, que Jesus Cristo e seu Evangelho.
São muitos os problemas que ocorrem
quando a doutrina dos dízimos e das ofertas é ventilada na igreja. Alguns acham
que tudo isso acabou, logo, não se deve incluir essa forma de oferenda no
culto, pois isso seria abominação ao Senhor. De onde vem essa ideia, não sei,
pois em nenhum lugar, a Bíblia faz menção de tal coisa.
Outros acham que dizimar e ofertar é dar
dinheiro a pastor. Acho isso um pensamento mais excelente! Se o pastor estiver
precisando, por que não dar algum dinheiro para ele? Desde que não seja dízimos
nem ofertas. Se alguém quer dar algum dinheiro ao pastor, que seja uma ajuda, uma
esmola ou presentes. Mas, os dízimos e as ofertas são do Senhor, e não do pastor.
A mesma coisa se aplica para qualquer irmão necessitado. Se o irmão está carente,
por que não lhe ajudar? Tem que ajudar! É mandamento! Desde que não seja dízimos
ou ofertas, pois, essas coisas só se oferecem a Deus. O pastor deve receber seu
sustento, não das mãos de ninguém pessoalmente, mas, das mãos de Deus, por meio
da igreja, pois ele trabalha no reino dEle, pois, quem vive do evangelho coma
do evangelho; quem vive do altar, do altar se alimenta, e que sejam
considerados digno de dobrados honorários, os presbíteros, bispos, pastores que
se afadigam na Palavra. Quem quiser negar essas coisas, é problema entre a
pessoa, a igreja e Deus.
Outros, com base, no modelo da igreja
dos primórdios, afirmam que o correto é entregar tudo, e não apenas 10%; mas,
como ninguém pratica isso na igreja desde tempos remotos, nem dão nem tudo, nem
nada. Que graça! Assim fica difícil! Só Jesus na causa!
Finalmente, gostaria de dizer que a igreja
do Senhor Jesus, não faz acepção, ou propaganda contra quem quer que seja, pelo
fato de não dar suas oferendas, pois
isso é com Deus, e não de alguém em particular. Agora, por favor, irmão, não
faça campanha contra esse tipo de serviço, pois, certamente, você estará indo
contra o estatuto da sua igreja, dos serviços que é de responsabilidades
administrativas dela; contra a natureza do próprio Deus, pois desde o começo do
mundo que Ele requer esse tipo de adoração. Por sinal, Ele diz em Ml 3.3,
apontando para esse tempo de graça, que os fiéis trariam a Ele justas ofertas,
tendo em vistas, que aquele povo estava sendo infiel no tocante a tal tipo de
adoração. O próprio Senhor Jesus diz que se devem entregar os dízimos sem
omitir a fé, a misericórdia e a justiça (Mt 3.23).
Que Deus abençoe a todos nesses
tempos de discórdia, de frieza, de escassez, etc., suprindo em glória as
necessidades de cada um, e tornando-os fervorosos, misericordiosos, santos e
generosos, no tocante a dar e receber. Amém!
Pr. Luiz Dias publicado no
Informativo de junho de 2016
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