João rompeu um silêncio de cerca de quatrocentos anos de comunicação profética de Deus para com o seu povo. Ele foi anunciado nas profecias e veio como precursor do Messias. O próprio Senhor Jesus confirma isto com as seguintes palavras: “Este é de quem está escrito: Eis aí eu envio diante da tua face o meu mensageiro, o qual preparará o teu cominho diante de ti.” – Mt 11:10.

Era comum os profetas em tempos de apostasias do povo de Israel, chamar o povo ao arrependimento e às purificações. O profeta Isaias clamou: “Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos meus olhos; cessai de fazer o mal. Aprendei a fazer o bem; atendei à justiça, reprendei ao opressor; defendei o direito do órfão, pleiteai a causa das viúvas.” (Is 1:16-17).

Essas lavagens ou purificações, era da alçada dos sacerdotes, e não dos profetas. Ao curar um leproso no fim do sermão do monte, “Disse-lhe, então, Jesus: Olha, não o digas a ninguém, mas vai mostrar-te ao sacerdote fazer a oferta que Moisés ordenou, para servir de testemunho ao povo” (Mt 8:4).

 O batismo praticado por João era chamado de batismo de arrependimento, porque convocava o povo de Israel a este ato indispensável no bom relacionamento do povo para com Deus. O povo deveria se converter dos seus pecados porque o reino de Deus estava próximo, como também, se deveria se preparar porque o Rei do reino já estava entre eles.

De acordo com Lambert (apud Berkhof, 1990. P. 628-9) o batismo de João tinha por objetivo transferir os que se submetiam ao rito, para uma esfera totalmente nova: “a esfera da definida preparação para o reino de Deus, que se aproximava”; que o batismo de João fremia de significação ética; e, diz ele ainda que aquele batismo visava uma purificação do coração e do pecado e que estava relacionado com uma mudança radical de vida. 

O batismo de João, pela interrogação que Jesus fez aos sacerdotes e anciãos, não era dos homens, isto é, oriunda de proselitismo humano; mas, do céu, prescrito e ordenado pelo próprio Deus  (Mt 21:23-27).

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