A Segunda Vinda de Cristo é uma das profecias mais temidas, pois será o
fim, o fim do século, ou o fim de todas as coisas (Mt 24.14; 28.18; 1 Pe 4.7).
É uma profecia também muito
discutida, dada a sua complexidade de interpretação, principalmente de textos
do Antigo Testamento que trata do Dia do Senhor.
Também é uma profecia muito propalada porque assim o Senhor ordenou que
o fosse para que os homens se arrependam e se convertam para escapar da
condenação, ou permaneçam de coração endurecido para serem condenados no Dia do
Juízo (At 17.30-31).
É a profecia de cumprimento mais desejado, pois nela, o Senhor Jesus
será glorificado nos seus santos e, estes, nEle (2 Ts 1.10; Rm 8.30; 1 Pe 5.4);
e, os ímpios serão julgados e punidos com eterna destruição por seus maus
pensamentos, palavras e obras não purificados pelo sangue do Cordeiro (2 Ts
1.9).
Acima de tudo, o crente não pode ser ignorante quanto ao assunto que
diz respeito à Vinda do Senhor (1 Ts 4.13).
A vinda de Cristo
representa a redenção final dos crentes, quando haverá separação entre os
homens: O iníquo, isto é, aquele homem do pecado que está ainda de maneira obscura
(2 Ts 2.8) e todos que lhe seguem serão condenados (2 Ts 1.7-9); e, os justos
receberão seu galardão (2 Ts 1.7, 10).
Naquele Dia
também Cristo se revelará como Rei e General vitorioso com os anjos do seu
poder e com os seus santos ao seu lado (2 Ts 1.7; 1 Ts 4.14, 17).
Quando Cristo
voltará? Não sabemos nós, nem os anjos, e nem mesmo Ele, Jesus, sabe, o dia, e
a hora; é um segredo que somente, Deus Pai sabe (Mt 24.36). Porém, sabemos que
Ele voltará como ladrão de noite (1 Ts 5.2). Por quê? “...Para que (os crentes) lancem fora toda
segurança carnal e sejam sempre vigilantes, porquanto não sabem a que hora virá
o seu Senhor, e estejam continuamente preparados para dizer: Vem, Senhor Jesus,
vem depressa! Amém!” (Ap
22.20) – Confissão de Fé Congregacional – XXXIII-III.
Sob pretexto de ensino
apostólico, ou de revelação de algum espírito de profecia, não se deve ensinar
que Jesus Cristo já veio, ou que pode vir iminentemente, ou seja, antes dos
sinais. Tal ensino é enganoso (2 Ts 2.1-4).
Antes de vir o
Cristo, acontecerá um fenômeno chamado de apostasia. Quer dizer, uma gama de
ensinos errados sobre a fé cristã, a ponto de encapar a verdade e considerar a
mentira igual à verdade da Palavra de Deus, ou seja, tornar tudo relativo.
Haverá uma negação tão forte da Palavra de Deus que Ela será misturada com a
mentira, a ponto das inúmeras mentiras serem mais bem aceitas que a própria
Verdade de Deus.
A mentira e a
verdade serão duas “verdades” que se abraçarão e se beijarão na mesma igreja ou
em igrejas e religiões diferentes, sem problema nenhum. Movimento ecumênico
fala muito bem disto.
Haverá mistura entre os cultos satânicos e os
cultos evangélicos, e todos pensarão que tudo é de Deus; e, nisto, as pessoas
estarão adorando aos homens e a Satanás, pensando que é o Deus Verdadeiro (2 Ts
2.3,4,9,10).
A igreja será
minada com heresias abomináveis, e o amor da maioria esfriará (Mt 24:12);
falsos milagres surgirão (Mt 24:24); costumes mundanos, luxuriantes, imorais e
profanos tomarão o lugar da santidade (Ap 17:4; 2:20) para arrastar a muitos
crentes gananciosos, sentimentalistas, vaidosos e sensuais (2 Tm 3:1-5). Muitos
pastores serão os instrumentos principais que facilitarão o ingresso da
apostasia nas vidas das pobres almas, pois ganharão dinheiro com elas (Mt
24:11; At 20:29-30; 2 Pe 2.12-16).
Estas forças
misteriosas da iniquidade e o seu espírito já operavam desde os tempos
apostólicos, porém não se manifestavam por causa deles (At 20.29-30; 1 Ts 2.6).
Mas, o Senhor
Jesus adverte profeticamente que esse mistério da iniquidade se multiplicará de
tal forma nos últimos dias que a fé e o amor de quase todos apostatarão (Mt
24.12; Lc 18.8). Os crentes considerarão a Igreja como coisa vil e a
abandonarão, escandalizados; trairão e odiarão os verdadeiros cristãos (Mt
24.10).
Antes de Cristo
vir deverá aparecer outro sinal muito forte: Um homem maligno, possuído por
Satanás, fazendo grandes e muitos milagres para engana todo mundo, e até mesmo
muitos que se dizem crentes que vivem ansiosos por manifestações sobrenaturais.
Esse anticristo
será um bispo de uma facção do cristianismo o qual insiste em usurpar para si
as prerrogativas de Cristo. Ele insistirá em ser o pastor dos pastores e dirá
que é o cabeça da Igreja, ostentando-se como fosse Deus. Ele nega a verdade, e
se levanta contra Deus, inventando deuses para levar o povo à apostasias (Ts 2.3-10). Ele é falso profeta.
Outro sinal interessante é a
pregação do Evangelho. Cristo não virá antes que todas as nações ouçam a
Mensagem de Juízo e Perdão de Deus (Mc 13:10; Mt 24:14). O cristão verdadeiro
deseja pregar o Evangelho a um maior número de pessoas, para apressar o Dia da
Vinda do Senhor (2 Pe 3:12).
Como Jesus virá?
Não de maneira invisível e enigmática, aponto de ninguém saber se foi Jesus que
veio, ou se foi um disco voador que carregou o povo. Diz a profecia que todo o
olho o verá (Mt 24.29-31; Ap 1.7). Diga-se
de passagem que as palavras gregas usadas para o grande evento da Vinda do Senhor,
envolve a idéia de visibilidade, e não ao contrário. Senão, vejamos:
a) Parousian (Mt 24.3; 1 Ts
4.15; 2 Ts 2.1), vinda ou presença pessoal e corpórea.
b) Apocalipsis (2 Ts 1.7)
Revelar; desvendar; tornar inteiramente conhecido; revelação.
c) Epfaneia (At 27.20; 2 Ts
2.8) manifestação; aparecer; aparição; vinda.
Jesus virá do céu
como homem, isto é,
corporal, pessoal e visível (At 1:11), em sua própria glória (Mt 25.31); na glória dos santos anjos
(Lc 9.26); e, na glória de Seu Pai (Mt 16.27), para julgar os povos.
O Espírito de Deus ressuscitará
todos os mortos e transformará os crentes vivos, os quais serão arrebatados até
aos ares onde Cristo estará. Os ímpios serão deixados, mas, Jesus Cristo, que
estará assentado no Trono da Sua Glória os julgará e os condenará (Jo 5:28-29;
Mt 24.36-42; 1 Co 15.50-56; 1 Ts 4.15-17; Mt 25.31; Ap 20.11-15).
Até à Vinda de Cristo devemos
consolar os irmãos com as Palavras de Deus (1 Ts 4.18). A Igreja sofredora
precisa de conforto (1 Ts 2.12; 5.11; 2 Ts 2.15-17). A certeza da Vinda de
Cristo incentiva os cristãos a trabalhar e viver ordenadamente (1 Ts 2.9;
4.11-12; 5.14; 2 Ts 3.6-15), praticar a moralidade sexual (1 Ts 4.1-8) e o amor
fraternal (1 Ts 5.4-11).
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