Somos igrejas que, juridicamente e fraternalmente, são filiadas à ALIANÇA das Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil, uma associação de caráter religioso, com personalidade jurídica diferente das suas igrejas, pois a mesma não é uma “igreja mãe”, mas, um órgão fundado e mantido pelas próprias igrejas a ela filiadas, para promover o amor fraternal entre as igrejas na base da cooperação mútua, visando o progresso do reino de Deus, tarefa primordial da igreja do Senhor Jesus.  

A ALIANÇA também incentiva os interesses espirituais e temporais das igrejas, colaborando na coordenação dos mesmos. Ela também administra instituições de ensino; faz parceria com orfanatos, creches, asilos e estabelecimento do mesmo gênero. A ALIANÇA não tem fins lucrativos, pois, é um órgão social, educacional e filantrópico.

A ALIANÇA surgiu por forças de circunstâncias teologais, pois, algumas igrejas motivadas pela sede de uma pregação do evangelho de forma viva,  poderosa e alegre, começaram a buscar os dons espirituais, coisa ignorada pelas igrejas da época. E, o órgão que  filiava essas igrejas, no caso,  a UNIÃO, não reconhecendo no momento, essa intervenção de Deus para um grande avivamento na historia de Sua igreja, excluiu aquelas igrejas do seu quadro de filiadas.

A ALIANÇA não surgiu por ganâncias financeiras, nem por heresias, nem por orgulho, nem por vontade humana, nem por vaidades, e, muito menos, por qualquer desejo tolo, carnal, faccioso, presunçoso e diabólico como certa vez li em um jornal do nosso Estado sobre a opinião de um colunista leigo da doutrina, da historia, das particularidades das igrejas cristãs, e inimigo do santo protestantismo, sobre o qual, cometi o erro de não guardar a edição daquele jornal, para hoje lhe protestar citando a fonte; porém, Deus sabe quem é o homem, e, se ele, ainda vive, talvez leia esse simples comentário e se acuse, pois Deus  vai lhe dar a paga pela sua perseguição e blasfêmia contra a sua santa igreja, ao citar a 1ª Igreja de João Pessoa, como algo do diabo, por ser renovada.
 
A ALIANÇA, organizada em 10/08/1967, nada mais é que uma confederação de igrejas livres e independentes, que professam a mesma fé evangélica que Jesus Cristo, nosso Mestre e Salvador transmitiu e ensinou seus santos apóstolos, e os seus seguidores dos primeiros séculos, professaram e pregaram; nada mais é que uma confederação de igrejas que adotam o congregacionalismo como sistema administrativo em suas igrejas, que diga-se de passagem, foi o sistema adotado pelas igrejas do 1º ao 3º século, principalmente, quando hereges como Montano e Macião se levantaram para perturbar a igreja dos seus dias, obrigando, pelas circunstâncias, aos pastores, ou bispos daqueles dias a organizarem aquela confederação de igrejas, a quem hoje a história eclesiástica reconhece como a Igreja Católica Antiga, cujo regime de governo das igrejas não era episcopal, mas, independente como o nosso. Para provar isso basta ler as cartas  às igrejas da Ásia no livro de Apocalipse e ver que elas não eram dominadas por um regime centralizado na pessoa de um bispo maior, mas, cada igreja tinha seu próprio pastor, costumes e doutrinas diferentes; também, examinando a história eclesiástica, verificamos que os bispos de Jerusalém, Antioquia, Alexandria e Roma só começaram a se destacar como bispos metropolitanos a partir do século III.  Além do mais, a cabeça da igreja universal de Cristo é Ele mesmo  e não algum homem comum desta terra. Quem tentar colocar outra cabeça sobre a igreja do Senhor Jesus, nada mais está fazendo senão revelando ser seguidor do anticristo, como disse Gregório, no VI século, sobre o apelo para que ele chefiasse todas as igrejas do seu tempo, o qual respondeu que quem ocupasse esse cargo de chefe universal da igreja seria o anticristo (A Igreja do Pentecostes ao Renascimento - Ceibel).

Eu agradeço a Deus pela ALIANÇA, pois, como disse um de nossos pastores a um outro pastor que se dizia inimigo de denominação: “Não sou contra denominação, pois Deus tratou comigo na denominação.”

Em certo tempo, pensamos que a ALIANÇA iria sucumbir e ceder suas igrejas à  UNIÃO, mas, Deus levantou-a das cinzas, como que restaurando o “tabernáculo caído de Davi” e, hoje, para a glória de Deus, é um marco de fé, de verdade, de postura moral e trabalho cristão para o nosso país, e, até para outras nações. 

Parabéns à ALIANÇA pelo seu 47º aniversário de organização. Que o nosso bom Deus continue a abençoa-la e derramar o Seu Santo Espírito sobre ela, pois esse foi o seu propósito inicial.  Que seus diretores, pastores e igrejas, se unam como uma só alma para lutar juntos pela fé evangélica (Fp 1.27-30).

ALIANÇA é aliança, o resto é confusão!Quero dizer, sem uma aliança, o que resta é confusão.

Pr. Luiz Dias




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