“Teologia
da miséria” é uma nomenclatura usada por neo-pentecostais para denominar todo
pensamento teológico contrário à pregação a favor do enriquecimento financeiro
como sinal inconteste da bênção de Deus para os crentes.
Acreditamos
que a “teologia da miséria” deve ser
desconhecida dos teólogos da igreja de nosso Senhor Jesus Cristo, sejam eles grandes
ou pequenos; simples ou sábios; antigos ou recentes.
A Expressão “teologia da miséria”, chegou aos nossos ouvidos através da própria boca de um líder, em uma entrevista sua numa emissora de TV. Confessamos que sentimos o tom da blasfêmia, da zombaria, do desprezo, do insulto e das palavras amargosas dirigidas a quem não acredita nessa tal teologia da prosperidade, esse “evangelho” da última hora, que é típico do espírito da avareza que faz parte do capitalismo e da apostasia dos últimos dias.
A Expressão “teologia da miséria”, chegou aos nossos ouvidos através da própria boca de um líder, em uma entrevista sua numa emissora de TV. Confessamos que sentimos o tom da blasfêmia, da zombaria, do desprezo, do insulto e das palavras amargosas dirigidas a quem não acredita nessa tal teologia da prosperidade, esse “evangelho” da última hora, que é típico do espírito da avareza que faz parte do capitalismo e da apostasia dos últimos dias.
Pobreza,
despojamento, liberalidade, humildade e desprendimento são coisas típicas do
Espírito do Evangelho de Cristo, as quais devem ser vivenciadas pelos
seguidores dEle. Essas qualidades ou condições de vida não podem ser tratadas
como misérias. Foi Jesus mesmo quem disse serem muito felizes os pobres de
espírito (Mt 5.3).
Jesus
foi um grande exemplo de pobreza. Ele mesmo disse a alguém que pensava que
seguindo a ele enriqueceria que não tinha sequer onde reclinar a cabeça (Mt
8.20).
Seus
apóstolos também demonstraram esse espírito de humildade. Dois deles, os mais
notáveis, Pedro e João quando abordados por um paralítico que esmolava,
responderam que não tinham nem prata nem ouro para lhe servir (At 3.6), ou
seja, não tinham prosperidade financeira nem para dar uma esmola. Estariam os
verdadeiros apóstolos na miséria e enlaçados pela doutrina de Satanás por causa
disso?
Miséria
é uma condição de desgraça recaída sobre quem vive em estado deplorável,
destituído de condições básicas da vida. Nem toda pobreza é sinal de miséria. Ao
contrário, ou seja, quem vive abastado, dependendo das suas atitudes para com a
sua riqueza, também pode estar vivendo em estado de miséria. Portanto, o tiro
pode sair pela culatra da arma de quem atira contra a teologia ensinada por
Jesus Cristo, seus apóstolos e sua igreja histórica, que não ensina que o
crente deve viver na miséria, mas, também, ensina a guardar-se de toda e
qualquer avareza, pois a vida de um homem não consiste na abundância dos bens
que ele possui (Lc 12.15).
Miséria,
não é algo que se prende apenas a um setor da vida. Ela passou a fazer parte da
vida humana desde o momento da desobediência. Existe uma tese teológica
ensinada por Robert Reid Kallei sobre o homem depois da desobediência, que diz
o seguinte: “O
homem assim dotado e amado pelo Criador era perfeitamente feliz (Gn 1.31), mas
tentado por um espírito rebelde (chamado por Deus, Satanás), desobedeceu ao seu
Criador (Gn 2.16-17); destruiu a harmonia em que estivera com Deus, perdeu a
semelhança divina; tornou-se corrupto e miserável, deste modo vieram sobre ela
a ruína e a morte (Rm 5.12).” (Art. 7º
da Breve Exposição das Doutrinas Fundamentais do Cristianismo)
Então, depois da entrada do pecado, a corrupção, a ruína, a miséria,
a morte, e a infelicidade, passaram a perseguir a raça humana em todos os
setores da vida, especialmente, no que diz respeito à sua situação espiritual, assunto
que nos dias atuais, pouco caso se faz dele, inclusive na teologia da
prosperidade, no ateísmo, e no materialismo.
Na teologia da prosperidade, a salvação eterna, a restauração
eterna, e a glória futura que está reservada para os humildes seguidores de
Jesus Cristo, é algo que “se colar, colou”. Ou seja: trabalhemos o sucesso
material, se, por acaso, nesse frenesi da busca do “prato de lentilha”,
ocorrer, de alguém, salvar-se, Amém! Se não se salvar, se tornará, pelo menos,
adepto da igreja, para engrandecê-la e servir ele de “garoto propaganda”.
Nessa teologia da prosperidade, a ordem dos fatores está invertida,
e alterando em muito, o produto, pois, o Senhor Jesus disse, “buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino
(Grego Baselian: domínio de Deus; servidão a Deus) e a sua justiça, e todas
estas coisas (comida, bebida, roupa, calçado, remédio, casa, etc,) vos serão
acrescentada (Mt 6.33).
Não precisa ir muito longe, para provar que a teologia cristã, não
prega miséria nenhuma. Aliás, faz até medo se usar esta expressão, pois ela só
tem cheiro de blasfêmia, mesmo estando na defensiva. Não sei como um religioso,
dotado de tanta inteligência, não teme abrir sua boca e dizer que a teologia
que não for da prosperidade é da miséria e do diabo! Será que nele, por causa
do saber, está se cumprindo o que o Apóstolo Paulo falou em 1 Co 8.1: “O saber ensoberbece, mas, o amor edifica.”
A teologia da prosperidade, no nosso entender, encaixa muito bem
na cabeça de todos os que têm seus olhos voltados para o deus Ventre (Fp 3.19)
e para o deus Mamom (Mt 6.24).
Não pregamos teologia da prosperidade, apesar de pregarmos que o
crente é abençoado com as benesses materiais também. Gostamos muito do que
disse Daví: “Fui moço e já, agora, sou
velho, porém, jamais vi o justo desamparado, nem a sua dissidência a mendigar o
pão.” (Sl 37.25). Isso não quer dizer, que não haja justos passando
dificuldades financeiras, mas, não chega a fazer das suas dificuldades, a
profissão de viver com uma cuia na mão, dia e noite, nas calçadas, ou nas
portas dos ímpios, esmolando o pão de cada dia, o que de fato, se constituiria
em situação de miséria social.
Sabemos muito bem que o evangelho muda a situação miserável em que
qualquer ser humano se encontre. Dizemos
com toda certeza: se um esmoler aceitar o Evangelho, mesmo que não seja o da
doutrina da prosperidade, sua vida mudará; ele não viverá mais na miséria, nem
espiritual e nem financeira. Não podemos dizer, que ele irá enriquecer, mas,
esmolar, nunca mais.
A nosso ver, a doutrina da prosperidade é como uma lâmpada
fluorescente que vemos no supermercado, a qual atrai, com facilidade, as
mariposas, para, em seguida, eletrocutá-las.
Não cremos que essa doutrina da prosperidade esteja vinculada à
mensagem do Evangelho de Cristo, pois se assim o fosse, o Senhor Jesus, por
acaso não teria anunciado tal coisa? Pelo contrário, encontramos o próprio
Senhor Jesus recriminando toda tendência ao acúmulo de riquezas materiais:
quando Satanás lhe ofereceu os reinos deste mundo e as glórias deles, Jesus o
repreendeu e expulsou (Mt 4.8-10); quando Cristo chamou os discípulos, eles
deixaram suas empresas, seus trabalhos e famílias e seguiram imediatamente a Jesus (Mt 4.20,22;
9.9); Jesus recomendou a seus discípulos que não acumulassem tesouros sobre a
terra (Mt 6.19-21); que no trabalho de semeadura do evangelho não se provesse
de ouro ou de prata (Mt 10.9); na Parábola do Semeador Jesus mostra que a
fascinação das riquezas sufoca a Palavra (Mt 13.7,22); ao jovem rico que lhe
perguntou sobre a salvação, Jesus mandou ele se despojar das suas propriedades
e bens para poder ficar livre para segui-l0 (Mt 19.21-22); foi o próprio Senhor
Jesus que disse que dificilmente um rico entraria no reino dos céus (19.23-24).
Para não ficar exaustivo, frisamos apenas o Evangelho segundo
Mateus, mas, prestemos à atenção que por toda parte da Bíblia, o apego às
riquezas, é impugnada, bem como, ela lança sérias advertências contra quem
investe nas riquezas com a finalidade de enriquecer. Se a Bíblia trata tal
assunto dessa maneira, como iremos nós dizer, que essa mensagem é de miséria e,
é invenção diabólica? Misericórdia!
Meus amigos que estão se beneficiando financeiramente da pregação
da prosperidade receba esse texto como uma advertência para a salvação da sua
alma:
“Se alguém ensina
outra doutrina e não concorda com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo
e com o ensino segundo a piedade, é enfatuado (vaidoso, arrogante, cheio de si),
nada entende, mas, tem mania por questões de palavras, de que nascem inveja,
provocações, difamações, suspeitas malignas, altercações sem fim, por homens
cuja mente é pervertida e privada da verdade, supondo que a piedade (o exercício
da fé) é fonte de lucro. De fato, grande fonte de lucro é a piedade com o
contentamento. Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos
levar dele. Tendo sustento e com que nos vestir estejamos contentes. Ora, os
que querem ficar ricos caem em tentação e cilada, e em muitas concupiscências
insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque
o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e, alguns, nessa cobiça, se
desviaram da fé (verdadeira) e a si mesmos se atormentaram com muitas dores.”
(1 Tm 6.3-10).
Se você tem interesse na verdade e ama a sua alma e quer salvá-la
por meio de Cristo Jesus, receba essa mensagem, livrando-se da ilusão. Amém!
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