"Nesse tempo muitos hão de
se escandalizar, e trair-se uns aos outros, e mutuamente se
odiarão. Igualmente hão de surgir muitos falsos profetas, e enganarão a
muitos; e, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos
esfriará. Mas quem perseverar até o fim, esse será salvo". (Mt 24.10-13)
“Nesse tempo”, é o pronunciamento de Jesus Cristo no início
do verso 10 do capítulo 24 de Mateus. A que tempo será que Jesus está se
referindo? Seria o tempo do princípio das dores? Seria no meio das dores? Ou
seria o tempo da grande tribulação referida em Mt 24.15-22? Ou seria o tempo do
fim, referido em Mt 24.23-28?
A palavra “nesse” indica interioridade; fala de algo que
está incluso em algo ou em alguém que está próximo. Portanto, creio que Jesus
ainda está se referindo aos tormentos trazidos pelo princípio das dores
expressos em Mt 24.5-9.
Que acontece no princípio das dores? Engano provocado por
muitos falsos Cristos que viriam usando o nome de Jesus; guerras e rumores de
guerras; nações contra nações; reinos contra reinos; fomes e terremotos; tribulações,
ódio cruel e morticínios para os seguidores de Jesus.
É dentro desse contexto de previsão de agonias, que o
Senhor Jesus continua a profetizar que muitos crentes irão se escandalizar, ou
seja, se sentirem ofendidos por verem os bons costumes serem feridos; a moral
ser jogada por terra e ridicularizada pela impureza, pela impudicícia, e pela
indecência que brota como uma peste que se propaga nas trevas, como algo que
sai das crateras dos abismos e penetra nos lares dos gentios, e desemboca
nas igrejas locais. Como tudo isso vem para no arraial cristão? Através de
crentes devassos, os quais são encarregados como porta-vozes para apregoar os
novos costumes. Essas ondas mundanas visam os crentes mais conservadores. Elas
querem minar essa gente para que ela se escandalize e abandone sua fé, para que
a igreja enfraqueça suas resistências contra os maus costumes.
O Senhor Jesus fala que além de escândalos haverá
traições. Traição é falta de fidelidade aos irmãos, à igreja aos valores da
igreja. Para escapar de críticas ou de perseguições preferem-se unir-se ao
inimigo a ser fiel à igreja e seus princípios de fé e de ética cristã. O pastor
mais conservador diz que os tempos mudaram, e pensa que se pregar mais ética
para o povo, será tido como legalista ou será considerado como retrógrado.
Não se ver mais sentimento semelhante ao de
Moisés, o qual, “Pela fé, quando já homem feito, recusou ser chamado filho da
filha de Faraó, preferindo ser maltratado junto com o povo de Deus a usufruir
prazeres transitórios do pecado; porquanto considerou o opróbrio de Cristo por
maiores riquezas do que os tesouros do Egito, porque contemplava o galardão.”
(Hb 11.24-26)
O amor é não somente um mandamento, mas, também o dom
supremo. Quer dizer: temos não somente o dever, mas, também temos recebido de
Deus a capacidade de amar. Quem é feliz? Com certeza, aquele que ama!
Enquanto o amor é um grande remédio, o ódio é um veneno fatal. O ódio é um mal-estar de profunda antipatia, misturada com desgosto, aversão, raiva, horror, inimizade. Essa carga nefasta desemboca contra os irmãos e contra a igreja visível. Quem odeia a igreja, evita-a a qualquer custo. Não é em vão que temos cerca de 5 milhões de desviados, com a alcunha de desigrejados, carregando o nome de cristão, mas, evitando a igreja, o companheirismo dos irmãos, o serviço evangelístico da obra missionária, a celebração da Santa Ceia, o ajuntamento solene, o dia do Senhor, e cercando-se de mestres segundo os seus desejos.
Enquanto o amor é um grande remédio, o ódio é um veneno fatal. O ódio é um mal-estar de profunda antipatia, misturada com desgosto, aversão, raiva, horror, inimizade. Essa carga nefasta desemboca contra os irmãos e contra a igreja visível. Quem odeia a igreja, evita-a a qualquer custo. Não é em vão que temos cerca de 5 milhões de desviados, com a alcunha de desigrejados, carregando o nome de cristão, mas, evitando a igreja, o companheirismo dos irmãos, o serviço evangelístico da obra missionária, a celebração da Santa Ceia, o ajuntamento solene, o dia do Senhor, e cercando-se de mestres segundo os seus desejos.
Muitos deixaram a igreja para trás. Esfriaram totalmente no amor. |
O desagradável é que escândalos, traições e ódios geram o
esfriamento da fé e do amor até mesmo dos firmados e amadurecidos. Jesus é
claro: “O amor se esfriará de quase todos” (Mt 24.12). O esfriamento da fé vem
pelo aparecimento de falsos profetas, cujos objetivos é tão somente confundir a
verdadeira fé dos crentes.
Essas coisas, por sua vez têm um tronco comum: a
multiplicação da iniqüidade. A iniqüidade é um mistério; é como o aparecimento
do joio no meio do trigo: quem semeia o joio? O inimigo. Nós homens não
percebemos como essa erva daninha é semeada, mas, apenas percebemos que ela
cresce e aparece junto do trigo (Mt 13.24-30). O apóstolo Paulo, avisa que nos
seus dias esse mistério já operava (2Ts 2.7); com certeza, hoje está operando
muito mais.
Jesus deixa uma mensagem desafiadora para os poucos
crentes: “Perseverar até o fim.” (Mt 24.13). Talvez você diga que já é
salvo. Muito bem! Prove que é salvo, perseverando até o fim na fé que você
confessou quando no princípio creu, e no amor que você dedicou a Deus, aos
irmãos, e à igreja local. A igreja é o corpo de Cristo, se você ama igreja, ama
a Deus, ama os irmãos e considera o reino em primeiro lugar.
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