O profeta Daniel teve uma visão trazida por um homem celestial chamado de Gabriel (Dn 9.21-27), fazendo alusão a um período de 70 semanas, cujos dias corresponderiam cada um a um ano, ou seja, 70 x 7=490 anos, sobre o povo e a santa cidade de Daniel. 



Este período foi divido em 4 etapas (por certo, não em sequência cronológica), contados a partir da ordem para restaurar Jerusalém (Ed 1.1-4), até à chegada do Ungido, ou seja, o Cristo, o Messias, o Rei de Israel, ficando a primeira metade da última semana para a morte e ascensão do Messias; e, a segunda metade para a destruição da cidade e do santuário (Dn 9.26). Assim: 




a) Um período de 7 semanas, ou seja, 7 x 7 = 49 anos para  a restauração de Jerusalém, a qual, a setenta anos atrás havia sido destruída, juntamente com o templo pelo exercito babilônico;



b) Um período de 62 semanas e 7 semanas, ou seja, 62 x 7 + 7 x 7= 434 + 49 = 483 anos para a chegada do Cristo, o que se deu no ano 26 ou 27 d.C., tempo em que João Batista batizou Jesus Cristo;




c) Um período correspondendo à metade de uma semana, ou seja, 3,5 anos, tempo depois dos 483 anos, ou seja, a metade da última semana dos 70 anos, em que o "Ungido não estaria" (Dn 9.26), ou seja, correspondendo à morte e ascensão de Jesus. A profecia diz que Ele, se referindo ao Ungido, faria firme aliança com muitos dos judeus durante este período chamado de última semana, e também faria algo inédito: A cessação do sacrifício e da oferta de manjares (Dn 9.27), razão pela qual os judeus não mais oferecem sacrifícios, mesmo sem acreditarem que Jesus Cristo é o Messias. Está muito claro! Não ver quem não quer; quem não pode; ou quem não crê que as profecias se cumpriram. Na verdade, Jesus Cristo, com seu sacrifício:
 1- Fez cessar a transgressão;
 2- Deu fim aos pecados;
 3- Expiou a iniquidade (perdão de pecados);
 4- Trouxe a justiça eterna (salvação);
 5- Selou (cumpriu) a visão e a profecia;
 6- Ungiu o Santo dos santos. 


Se Jesus Cristo não fez tudo isso, então, quem fez, ou fará? 




d) Um outro período correspondendo à outra metade da última semana em que a cidade e o santuário seriam destruído por um assolador que viria sob as asas da abominação, que Mateus e Marcos descrevem como o abominável da desolação (Mt 24. Mc 13.14), e Lucas diz que são exércitos que sitiam Jerusalém (Lc 21.20), para causar grande angustia ao povo judeu destruindo a cidade e santuário (Dn 9.26-27), o que se deu nos anos 66 a 70 d.C. 



Essas dores, como uma mulher que está para dar à luz sente, resultaria na salvação do povo de Deus (Dn 12.1).




Jesus profetizou que haveria grande tribulação sobre o povo judeu e sua terra, onde o templo e a cidade de Jerusalém seriam destruídos por um exercito abominável; e, o povo seria espalhado pela face da terra (Mt 24.1-3,15-22; Lc 21.20-24). Esse fato, certamente, corresponderia ao período da metade da última semana falada por Daniel em suas profecias. 

Essa tribulação seria singular, pois Jesus disse que nunca houve antes e nem jamais haveria; e também seria breve para que os escolhidos pudessem se salvar (Mc 13.19-20).

Essa tribulação deveria acontecer nos dias dos apóstolos, ou seja, dentro do espaço de 40 anos, que representaria aquela geração. Jesus disse que não passaria aquela geração sem que aquela tribulação acontecesse (Mc 13.29-30). 


Essa tribulação seria algo para cumprir as profecias contra o povo de Daniel, no caso, os judeus; e, contra a cidade de Daniel, isto é, Jerusalém (Dn 9.24; Lc 21.21). 



É importante enfocar esse detalhe dessa tribulação narrada nos Evangelhos, pois, muita gente não acredita que esta profecia de Daniel e de Jesus, exarada nos evangelhos, tenha já se cumprido, e jogam o acontecimento para o futuro, dizendo que ele será em escala mundial. 



Não deveríamos casar essas profecias da grande tribulação narrada nos evangelhos com Ap 6.14-17: "E as estrelas do céu caíram sobre a terra, como quando a figueira lança de si os seus figos verdes, abalada por um vento forte. E o céu retirou-se como um livro que se enrola; e todos os montes e ilhas foram removidos do seu lugar. E os reis da terra, e os grandes, e os ricos, e os tribunos, e os poderosos, e todo servo, e todo livre se esconderam nas cavernas e nas rochas das montanhas e diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós e escondei-nos do rosto daquele que está assentado sobre o trono e da ira do Cordeiro, porque é vindo o grande Dia da sua ira; e quem poderá subsistir?"  Esse texto trata da Volta de Jesus; é um acontecimento que está depois da referida tribulação daqueles dias (Mt 24.30; Mc 13.24).



Muitos pregadores e teólogos, seguindo como que uma tradição, para apoiar a ideia de que a grande tribulação falada nos Evangelhos não aconteceu, truncam os textos, usam alegorias e pintam o quadro do futuro como  se estivessem recebendo revelações. 



Pense num negócio chato! Falam até dos locais onde os repórteres vão está entrevistando o povo sobre os acontecimentos; falam que os sacrifícios do Antigo Testamento, que Jesus os fez cessar na metade da última semana, irão voltar a ser oferecidos; que durante 7 anos a Lei irá entrar em vigor novamente; falam que o templo sagrado dos judeus será reconstruído para o anticristo se sentar nele e ser adorado; mas, depois será destruído pelo próprio anticristo; depois será reconstruído para Jesus, no Milênio  reinar nele com sua igreja; interpretam o "santuário de Deus", em  2 Ts 2.4, ao pé da letra, parecendo que nunca estudaram sobre as figuras da Igreja; colocam a tribulação para depois da Vinda de Cristo, quando a Bíblia que acontecerá antes; dizem que o arrebatamento é uma vinda extra de Cristo; etc. etc. etc. 



Quero abrir um espaço para dizer que o ARREBATAMENTO OU TRANSLADO DOS SANTOS para se encontrar com Cristo nas nuvens, é um fenômeno da Vinda de Cristo, não uma vinda à parte da vinda.


Para mim são novas revelações, pois se a Bíblia não narra esses fatos, onde vão buscar tanta fantasia para impressionar os leigos?


Prestem atenção no que Charles C. Ryrie no seu livro Teologia Básica, diz na página 542: "Na verdade, a tribulação começa entre o líder de uma organização representando os países da Europa e o povo judeu. Esse tratado dará início aos eventos da 70ª semana (ou sete anos) da profecia de Daniel." 



Onde está escrito na Bíblia esse negócio? Falta somente dizer o nome do cara que vai ser o líder! Será que essas coisas não são revelações à parte da Bíblia? Já aconteceu de muita gente marcar datas e profetizar essas coisas, mas, nada aconteceu. Puro fiasco!


Essa tribulação que sobreveio aos judeus, aconteceu segundo historiadores, quando o exército romano cercou Jerusalém por volta do ano 66 d.C. e findou por volta do ano 70 d.C. Provavelmente, no espaço de três anos e meio de que falou o profeta Daniel na profecia das 70 semanas de anos, a qual diz que isso deveria acontecer depois das 69 semanas (7 semanas + 62 semanas) e, depois da morte do Ungido, ou seja, o Cristo, o qual foi morto na primeira metade da ultima semana (Dn 9.26).

Dessa grande tribulação resultariam os seguintes fatos:
a) O povo judeu seria espalhado pela face de toda a terra (Mt 24.16-18; Lc 21.21,24);

b) O Evangelho seria pregado a todas as nações (Mt 24.14; Mc 13.10);

c)  A cidade de Jerusalém, como símbolo da igreja, e o templo como um tipo de Jesus Cristo, seriam destruídos para tirar dos judeus o reino e suas chaves; dar lugar à reforma cristã; e espalhar a religião de Cristo pelo mundo inteiro (Mt 21.38-46; Lc 20.13-18; 24.20; Jo 2.19; 3.16), de quem resultaria o povo que virá da Grande Tribulação (Ap 7.9-17);

d) Aquela tribulação seria o maior sinal da iminente volta de Cristo (Mt 24.29-31; Mc 13.24-27);

e) Essa grande tribulação serviria de sinal para os discípulos vigiarem sobre a Vinda de Cristo (Lc 17.30-37).
  
A vinda do Senhor está profetizada para logo depois da grande tribulação, não para antes. Então, se a tribulação já aconteceu isto significa que Jesus está às portas. Devemos estar preparados.


Se quiserem comentar, fiquem à vontade.

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