A forma de batismo tem sido discutida com muita ênfase desde o século XVII, quando um líder de uma igreja Independente, -hoje, Congregacionalismo- entendeu que a forma correta de batizar deveria ser por imersão, rejeitando assim, as práticas habituais, que eram por afusão e aspersão, e com isto dando origem às igrejas batistas. 

Vivemos um clima constrangedor, em que os praticantes e recepcionistas do batismo por aspersão têm sido vilipendiados pelos praticantes do batismo por via imersão, ou melhor, submersão, ou afundamento, chegando ao cúmulo de muitos irmãos, e até pastores, que uma vez foram batizados por aspersão, quando se defrontam com comunidades batistas, ou com as comunidades oriundas delas, sendo pressionados, se submetem ao rebatismo, ou seja, não dizem “rebatismo”, mas, “o batismo verdadeiro”, pois, o batismo por aspersão é considerado falso, ou condutor da marca da besta, o que, ao meu ver, representa um grandíssimo insulto, para não dizer, uma declaração de que os aspersionistas são aliados da besta. 

No meu entender, quem se submete asse tipo de capricho carnal, apostata do seu primeiro ato de fé, até porque está escrito que há um só batismo (Ef 4.5). Parece até que os argumentos imersionistas são irrefutáveis, pois com cerca de meia dúzia de palavras convence até doutores. 

Rebatismo, na minha opinião, soa como um incômodo muito grande para a unidade da Igreja do Senhor. Quantos irmãos, não são humilhados por causa dessas tolices?


Há como fortalecer a convicção doutrinária dos aspercionistas estudando a história da igreja, estudando a bíblia, e a teológia do batismo. Esses estudos desnudam o modo mais coerente do batismo, para não dizer, o único modo correto de batizar, sem menosprezar os outros, que é o da aspersão. Amém! 

Há como mostrar que o rito do batismo não é algo novo, criado por João Batista, conforme afirmam os praticantes da imersão, ignorando, no mínimo, o Antigo Testamento, os costumes do povo judeu e a riqueza lingüística que envolve a palavra baptismós e seus derivados.

Há como mostrar, sim, que no judaísmo, a religião instituída pelo próprio Deus, como sombra das coisas que haveriam de vir, os batismos estavam presentes na maioria das cerimônias, sob o nome de purificações, e estes eram por aspersão e não por imersão.

Há como apresentar os dois modos de batismo mais usuais no cristianismo hodierno: a imersão e a aspersão; e, enfocar as principais bases da imersão e detoná-las mostrando que as mesmas não têm sustentação, mas, são antes, como dizia o Pr. Tavares, de saudosa memória, doutor nestes assuntos: “Tábuas soltas num rio agitado”. 

Há como provar que o batismo por aspersão tem bases sólidas, e seus símbolos são condizentes com o modo da água ser aplicada. Em outra postagem faremos isso.

Autor: Luiz Dias da Silva

0 comentários:

Postar um comentário

 
Top