O amor é uma forte afeição por alguém ou por algo. Há
quem diga que amor não é sentimento. Discordo! É um sentimento sim. Agora, esse
sentimento pode ser inibido, retraído, expandido e/ou aplicado à vida comum.
É impossível amar sem sentir. Se alguém diz que ama e
não sente, pode está acontecendo os seguintes fatores: 1º) o amor que tal
pessoa afirma ter deve estar frio ou mórbido; 2º) quem pratica algum bem, sem
sentimento amoroso, deve estar sendo forçado a isto, ou agindo por interesse
próprio. Neste aspecto, têm-se muitas coisas boas que são praticadas sem, no
entanto, serem acompanhadas do amor! Exemplos: pratica-se sexo sem amor; faz-se
gestos de caridade de maneira fria ou formal; casais convivem juntos desejando
que o cônjuge morra; faz-se parte de religiões sem amar os seus deuses, seus
confrades, suas instituições e os objetivos das mesmas. Enfim, faz-se muitas
coisas nesta vida, simplesmente, por necessidades, ou para dá-se satisfação à
sociedade. Por quê? Porque falta o sentimento do amor. Nestes casos, o “amor” é
apenas um apelido. Lembremo-nos que obrigaram um cirineu, chamado Simão, a
carregar a cruz de Jesus (Mt 27.32).
Será que ele fez aquilo por amor? Quem pratica amor sem sentimento passa
por angustias, constrangimentos, e até mesmo chega a arrepender-se dos bons
atos. Já pensou alguém dar uma esmola forçado por circunstâncias? Acontece ou
não?
O amor tem três aspectos
Imagem coletada do site Esboçando Ideias |
Segundo, o amor fraternal ou cordial. Cordial refere-se
ao coração. Podemos dizer que esse aspecto amor é de coração para coração. Ele requer
reciprocidade para se manter. Um outro nome para este aspecto do amor é o amor
fraternal. Fraternal vem de fráter, que significa irmão. S. Paulo diz: “Amai-vos
cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos
outros.” (Rm 12.10).
O terceiro aspecto do amor é o erógeno. É o amor de um
homem para com uma mulher, e vice-versa, no âmbito do corpo a corpo, praticado
entre o casal. S. Paulo diz que o marido deve conceder à esposa este amor; da
mesma forma, ela também não pode negar o seu corpo ao marido, ou seja, o casal
não pode se negar um ao outro, pois essa é uma necessidade do corpo que tem que
suprida no casamento (1 Co 7.1-6). É melhor
faltar comida que faltar sexo no casamento. Quando um dos cônjuges nega este amor ao outro,
sem haver séria razão, é como dar um divórcio; isto sufocará o amor ágape e
cordial, e o casamento não subsistirá. Existem muitos casais que estão vivendo
de aparência, dormindo em camas separadas, porque não nutriram o sexo em seus relacionamentos.
Sobre esse aspecto do amor, o ser humano tem praticado coisas estranhas e
avessas à natureza, que, em vez de ajudar atrapalhará no futuro, pois, quem foi
viciado no erro não respeitará fronteiras. Tem gente dizendo que dentro de
quatro paredes tudo pode. Cuidado com isso. Relações sexuais ilícitas favorece
o divórcio, e passará pelo crivo do Juízo divino, se não houver arrependimento
(Mt 19.9; 1 Co 6.9-11; Hb 13.4).
O amor pode nascer, como também pode morrer, por isso
precisa ser nutrido. O amor ágape nunca acaba, mas, também precisa ser nutrido
para que ele se acenda mais e mais. Graças a Deus que o amor nasce
constantemente, às vezes, numa troca de olhares, num afago de mãos, num abraço,
numa palavra, no inicio de um namoro, na geração de um filho; até na dor, o
amor desabrocha. A cada momento Deus está revelando o seu amor para com suas
criaturas, e ensinando que devemos amar como Ele ama.
Em muitos casos, onde o amor estava como que apagado,
suas brasas foram abanadas, e ele reascendeu. Vemos sempre em nossa volta
amigos que há tanto tempo não se conversavam, mas, de repente se encontraram, e
começaram a relembrar os tempos de outrora, e, a cordialidade recomeça;
casamentos que estavam a ponto de romper, mas, um dos cônjuges, toma uma
iniciativa de mudar, e o relacionamento se refaz; fieis, que estavam frios para
com Deus e os irmãos, são tocados pela Palavra do seu Deus, e o primeiro amor
vem à tona e, muitos glorificam a Deus.
Observamos que o amor verdadeiro é difícil, pois,
muitas vezes, o bem praticado está
destituído dele. Mas, mesmo assim, quem recebe um favor, sem o tempero do amor,
às vezes, passa a amar quem lhe ajudou; de modo que, o amor jamais acaba (1 Co
13.8).
Que o Senhor Deus nos encha do dom de amar, e que Ele
nos dê a graça de praticar o amor, pois não devemos amar só de palavras, mas,
de fato e de verdade (1 Jo 3.18). Quem ama é feliz!
Pelo Pr. Luiz Dias
0 comentários:
Postar um comentário