Santo é uma palavra com muitas conotações, a qual pode ser aplicada tanto às pessoas como às coisas. Por exemplo: o templo dos judeus era santo; os utensílios usados no tempo eram santos; o sétimo dia é santo; isto quer dizer que estas coisas eram, ou são, separadas para o uso exclusivo de Deus; não significa, portanto, que o material, usado era purificado de qualquer impureza; quer dizer, santidade com aspecto da consagração e, não com o da purificação. E, quanto ao ser humano é possível ser santo? Qual aspecto da santidade é possível e importante para o ser humano? Se é possível, por quê ser santo?
              
Muitos acham que é impossível alguém ser santo. Estará correto esse pensamento? Cremos que não; pois, Deus diz, “Sede santo, porque eu sou santo.” (1 Pe 1.16b). Se Deus ordena que o ser humano seja santo, é porque existe tanto a possibilidade como a necessidade desse fato. Sendo assim, o escusar-se disso, implica em desobediência, e, permanecendo assim, implicará em condenação futura, pois quem não vive em santidade, segundo a Bíblia, não verá o Senhor, ou seja, não herdará a bem-aventurança celestial (Hb 12.14).  Creio que, talvez, agora, você se interesse em saber o que é, ou que não é um santo.

Não devemos pensar que um santo é alguém dotado de poderes miraculosos, a quem possamos dirigir preces paras nos socorrer em nossas aflições.  Muito longe disso! Jesus afirma que muitos que operam muitos milagres, no próprio nome dEle, não são santos, mas, lobos travestidos de cordeiros e, que, por esse engodo, serão condenados (Mt 7.24).

Também, não imaginemos que os santos que já partiram para estar com Cristo no paraíso, a exemplo de Moisés, de Pedro, de Paulo, e de muitos outros (Fp 1.23), têm poder de rogar a Deus por nós que vivemos ainda neste mundo. Eles não podem fazer isso, pois, segundo, a Bíblia Sagrada, há pelo menos por três motivos quem os impedem: 1º) A nós, os vivos, é proibido o invocar os mortos (Dt 18.11-12; Is 8.19);  2º) Os que partiram nada sabem do que se faz debaixo do sol (Ec  9.5); 3º) O Mediador é Jesus Cristo, o Sumo Sacerdote, e mais ninguém e, nenhum santo deseja tomar o lugar de Cristo (2 Tm 2.5; Hb 3.1). Quem ousa concorrer com Cristo, não é santo, mas, anticristo (2 Ts 2.4).

O objetivo da santidade não é capacitar cristãos para ministérios, mas, para serem luz, e sal da terra, e herdeiros da vida eterna (Mt 5.13-16). Notemos que, segundo a Bíblia, João Batista não fez nenhum milagre, apesar de sua santidade (Jo  10.41).

Sabemos que o ser humano não conseguirá a santidade exigida por Deus, sem a Sua graça. Então, como Deus faz um ímpio se tornar santo? Eis os passos : 1º) Deus escolheu, na Pessoa de Jesus Cristo, antes da fundação do mundo, àqueles que hão de participar dessa bem-aventurança (Ef 1.4); 2º) Deus chama o ímpio por meio da pregação do evangelho (Rm 8.30); 3º) Deus justifica, ou regenera, aqueles pecadores que creem no chamado do evangelho a eles anunciado pela igreja (Mc 16.15-16). Portanto, é assim, e, só assim, que Deus torna um ímpio em santo! 

 As Escrituras nos revelam que a santidade tem três aspectos: 1º) No momento em que o pecador se converte a Jesus, ele é perdoado e purificado de todo pecado, e perante Deus, tornando-se santo em definitivo (1 Co 6.9-11); 2º) Quem tornou-se santo, vive essa santidade de forma progressiva em toda a sua maneira de viver, e, isso, até o fim da vida, contando com Palavra de Deus e a ajuda do Espírito Santo (Jo 17.17; Fp 3.12-13; 1 Ts 5.23; Ap 22.11); 3º) O cristão, enquanto nesta vida, ainda peca, pois seu espírito está pronto, mas, a sua carne é fraca (Gl 5.17), por isso, aspira  pela vinda de Cristo, para transformar, ou ressuscitar seus corpos mortais, para serem iguais ao do Senhor, o que será a santificação final ou total, quando, tanto o corpo, como o espírito serão perfeitos para sempre (Fp 3.20-21; 1 Jo 3.2).

Segundo a Bíblia chegamos à conclusão de que o ser humano, não se torna santo pelo fato de praticar boas obras, ou ser um bom religioso (Ef 2.10; Rm 3.9); pelo contrário, Deus é quem purifica a pessoa, separa-a do pecado, e consagra-a para Si. Portanto, só um santo pode se santificar (Ap 22.11). Ninguém se torna santo simplesmente porque  pessoas, ou instituições, por um motivo, ou por outro, assim consideram; santidade é matéria forense do departamento Divino, e não de julgamento humano. Ser santo é um privilégio de poucos, mas, uma responsabilidade de todos. Os que se recusam serem santos não herdarão a cidade santa, pois, “Fora ficam os cães, os feiticeiros, os impuros, os assassinos, os idólatras, e todo aquele que ama e pratica a mentira.” (Ap 22.15). Portanto, busquemos o escape nos convertendo a Cristo para que venham os tempos de refrigério. 

 Pelo Pr. Luiz Dias



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