Texto
básico: Rm 5.12
O pecado é algo inerente à natureza humana; ele está entranhado no
coração dos seres humanos. Jesus, o homem mais extraordinário que o mundo já
conheceu, disse que o centro do pecado é o coração, pois é de dentro dele que sai
todos os males que contaminam o ser humano (Mc 7.21-27).
Embora o pecado, assim como a morte, não seja assunto agradável aos
ouvidos humanos, pois, ninguém quer ouvir, e muito menos assumir que é mau,
trazendo para si depreciação, ou sentimento de culpa; mas, mesmo assim tem que
ser falado, pois, somente reconhecendo a condição de pecador, se busca o
remédio, que é a salvação em Cristo Jesus, o qual não veio para os sãos, mas,
para pecadores (Mt 9.12).
Estamos vivendo tempos em que os que deveriam mostrar a real condição
moral e espiritual dos seres humanos, estão enganando-se a si próprios e aos
outros, com palavras fictícias do positivismo, fazendo os pecadores pensar que
são especiais, e que tudo conspira para o seu apogeu, e não para sua
condenação. Esses pregadores maus e impostores vão de mal a pior, enganando-se
e sendo enganados (2 Tm 2.13).
Homens levianos Besuntam a verdade com a mentira (Jó 13.4); são como
médicos ruins, que dizem a um doente incurável que tudo está bem, ou que o
mesmo ficará curado com simples remédios paliativos.
O pregador é como um médico: Qual o melhor médico, o que informa a
doença e receita o medicamento, ainda que amargo; ou que encobre a doença ou
dar diagnostico falso, ou que receita medicação errada para iludir o
doente?
A pregação apostólica diz que
“...não há justo, nenhum sequer.”(Rm 3.10). Jesus Cristo, o Grande
Salvador, diz que se não nos arrependermos todos pereceremos (Lc 13.3,5). Como
nos arrependeremos se não reconhecermos que somos pecadores; e como
reconheceremos isso sem a verdadeira pregação?
Quando nossos primeiros pais pecaram, lançaram a culpa uns nos outros:
Adão disse que a culpa era da mulher; e, a mulher disse que a culpa era da
serpente (Gn 3.12-13). Porventura, não é
isso que fazemos quando erramos e dizemos que só fizemos aquele mal por causa desse,
disso ou daquilo? Quem mata, ou rouba, ou estupra, de acordo com alguma
filosofia, não deve sofrer a pena, pois tais indivíduos são vítimas, ou da
sociedade ou de seus antepassados. Uma coisa me deixa pasmo: o pecado em alguns
casos é tratado como doença. Muitos até pensam que pecado é um acidente na vida
das pessoas; outros pensam que pecado é somente coisas abomináveis aos olhos da
sociedade, tais como matar, roubar, estuprar, etc.
Na verdade, essas coisas são reflexos da violência de uma fera que está
agachada dentro do homem, prestes a dar o bote, tão logo apareça a oportunidade,
como Deus disse para Caim: “Porventura
se procederes bem, não se há de levantar o teu semblante? E se não procederes
bem, o pecado jaz à porta, e sobre ti será o seu desejo; mas sobre ele tu deves
dominar.” (Gn 4.7).
O pecado é uma indisposição interior que é capaz de despertar a ira, a cobiça, a impureza,
a lascívia, a idolatria, a feitiçaria, o ciúme, a inveja, a bebedice, a
glutonaria, etc. Na realidade, pecamos porque somos pecadores.
O apóstolo João define o pecado como sendo a transgressão da lei (1 Jo
3.4), ou seja, qualquer coisa que não se conforme com a lei de Deus é pecado,
seja por pensamento, palavras e atos.
Pecamos por omissão e por comissão. Quando nos omitimos de fazer a coisa correta,
estando em nós o poder de fazer, pecamos (Tg 4.17).
Até quando fazemos moralmente o
bem, devemos ter cuidado para que nossas intenções sejam corretas, ou seja,
que não façamos um bem com má intenção no coração. Até ao dar uma esmola, orar
e jejuar, devemos ter cuidado para não sermos hipócritas, pois, Deus, conhece
as intenções do coração, e nos julgará (Mt 6.1-8).
O pecado tem seus graus, de modo que evolui a cada ato maligno. Um assassino
disse: “Matei um; agora matarei mil.” Se lemos os capítulos 3 a 6 do Gênesis,
verificamos essa evolução; tantos é que Deus não suportou o comportamento
daquela geração e a destruiu, sobrando apenas Noé e sua família.
Afinal de contas, qual é o maior pecado? É claro que é preferir
qualquer coisa finita em lugar do Deus vivo e verdadeiro (Ex 20.3)
Luiz Dias
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